domingo, 30 de agosto de 2015

Quando eu morrer, filhinho

Onze anos hoje, minha mãe. Todo o meu amor pra ti, onde estiveres. De resto, tu bem o sabes.

"Quando eu morrer, filhinho,

Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é."

(O Guardador de Rebanhos, Fernando Pessoa)

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