sábado, 31 de outubro de 2015

"E aí a gente vê que a gente não é nada nessa vida, né?"

"E aí a gente vê que a gente não é nada nessa vida, né?"
"Não somos mais do que um grão de areia neste universo."
"Nosso planeta é um pontinho insignificante dentro de todo o esquema do universo."

Olha, eu não sei você, mas eu e todos os outros seres vivos de que tenho e já tive notícias temos nossa importância imensa e fundamental em toda a história da evolução do universo. Se eu não sou nada, e se você não é nada, isso implica, de acordo com a sua filosofia de vida e com uma progressão matemática absolutamente lógica e facilmente compreensível, que o nosso pequeno grupo de amigos não é nada, que nossa família não é nada, que nosso grupo social é absolutamente nada, que cada nação não tem importância alguma, que, por conseguinte, nosso planeta não é nada e que, em escalas cada vez maiores, somos nada enquanto espécie, enquanto sistema, enquanto galáxia, enquanto universo, enfim. Se um mísero vírus que seja não tem a sua vital importância dentro de todo esse equilíbrio extremamente delicado que ajudamos a sustentar, que importância haveríamos de ter como sociedade, e como parte de toda a estrutura que sustenta esse nosso universo conhecido? Isso eu já compreendia aos meus quinze ou dezesseis anos, quando mantinha diários e mais diários que infelizmente acabei surtando e queimando. O que é o macro sem o micro? Vamos parar de repetir frases feitas e absolutamente impensadas. Vamos colocar a cabeça para funcionar.

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