terça-feira, 20 de outubro de 2015

Blue memories, white spell

Não te quero aprisionado, como em um feitiço, aqui entre as barras do meu peito, da minha mente. Nunca foi assim que te quis. Quero-te livre, como aquele pássaro azul de que eu cuidava com tanto carinho, mas que não cantava nunca, e que um dia eu vi escapar pela porta aberta da gaiola, abrir em par aquelas asas que eu nunca soubera serem tão grandes, e voar contra um céu cheio de nuvens, mas livre, livre, tão livre quanto uma alma pode ser. Quero-te como na visão daquele pássaro livre. A visão mais linda que tive até os meus onze anos de idade. Uma das visões mais lindas, e cheias de significado, de toda a minha vida. Duque, eu o chamava. Rei, sol, anjo foste para mim, e sempre serás. Se algum dia voltares, que seja infinito o teu cantar. Mas não te quero aprisionado. Como em um feitiço. Aqui, entre as barras do meu peito. I do not, I do not weep. I do not want to.
.
.
Go, beautiful bird... I understand you have to go. I understand I have to go. We both know we did what we should have done. We really did. Everything is gonna be alright. You may be that owl made of stone in my dreams. You may be that owl after all.

Nenhum comentário:

Postar um comentário